sexta-feira, 29 de abril de 2011

Censura


Andamos calados, fingindo que os olhos estão fechados. Sem poder falar o que pensamos.
Não precisamos de uma ditadura para sermos censurados, a sociedade nos censura.
Somos censurados pelos iguais porque somos diferentes. Desde pequenos somos impostos a sermos iguais e pensar igual.
Mas sem novas idéias, pensamentos e mudanças o mundo não muda. No fundo é isso que  nós queremos , uma mudança que nos liberte.    

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Confusa!

Desapegada, Me apegou.
Me fez apegar, me fez sonhar.
Só sonhar.

Leve, me pesou.
Me fez pesar, me fez flutuar
nas nuvens.

Distante, me aproximou.
Me fez aproximar, me fez carregar
você!

Feliz, me entristeceu.
Me fez entretecer, me fez caminhar
contigo.

Confusa, me confundiu.
Me fez confundir, me fez iludir
te ver.

Fechada, se abriu.
Se fez enganar, fez machucar.
Ela. 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Casa

Em algum momento o filho sai de casa. Vive a sua vida e comemora liberdade. Só que depois de um tempo começa a ter saudade.
Quando ele sente muita saudade volta para casa. Sentir o seu lar, o lugar onde nasceu, ver tudo aquilo renova energias, traz felicidade, saudade e tristeza, é como reviver o passado.
Sentir o seu mármore, a vontade é ver cada canto como um cachorro quando fica fora de casa quando volta quer ver o que fizeram ali.
A casa nova é boa, mas não é a mesma. A casa nova é boa, mas o lar é muito melhor.
Comparar as duas é como sonho e realidade. O sonho é muito melhor só que não é real. E o pior é saber que se fosse real seria diferente.
Sim eu amo o meu berço, a minha casa, lá é onde eu cresci, onde eu nasci.
Não sei o que mais falar sobre lá eu só sei de mais uma coisa.
EU TE AMO!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Não sei explicar

Minha vontade é gritar.
Jogar pra fora tudo que sinto e não sei o que é.
Minha vontade é ser ouvida.
Minha vontade é viver a minha vida.
Por favor, me explica o que sinto? Me deixa gritar.
Uma angustia não explicada.
Eu sinto algo, mas não sei o que.
Deixa eu sentir, deixa eu não saber explicar?
Me deixa? Me deixa? Me deixa?
Não sei. Não sei. Não sei.
CANSEI!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Não ser igual

Todos os dias caminhando para a escolada me deparava com lindas árvores, mas nenhuma em especial, todas cheias de folhas e com troncos grossos.
O verão acabou e apesar do outono ter começado as árvores continuaram iguais. Uma semana de outono se passou e em uma árvore houve uma mudança brusca. As folhas verdes caíram, os galhos foram dominados por lindas flores rosas, o chão em volta estava cheio de flores que já havia caido.
A árvore era simplesmente linda e diferente, enquanto todas as outras continuavam iguais aquela se revelou, mostrou suas flores e não foi na primavera.
A árvore deve ter reparado que a primavera não era a sua melhor época, e decretou que seria linda no outono enquanto todas estariam iguais ou com menos folhas no verão.
Era linda, e era linda porque era diferente, sua beleza não era exagerada era ela. Estava lá a árvore, estava lá a beleza, estava lá a simplicidade, estava lá a personalidade e o estilo.
Ela era diferente e assumiu ser diferente, fez o que quis, como um peixe que ao invés de seguir o seu bando nadou para o lado oposto e conseguiu provar que não precisava ser igual a todos para ser bonita, não precisava ser igual a todos para ser normal. Mas ela não é normal, e por isso ela é especial.

domingo, 3 de abril de 2011

Meu esconderijo

Lá eu me escondo. Lá eu posso ser feliz. Lá eu posso ser eu. Lá eu vivo.
Um lugar que eu posso me sentir bem, posso ser o que eu quero ser. Meu incentivo da semana, minha vida, minhas experiências. Esse lugar é quase uma lição de vida só que na vida. 
Eu fujo do mundo, estouro uma bolha e respiro o ar limpo de lá. Uma árvore enorme me recebe, nessa árvore mora a Sininho. Em volta da árvore outras pessoas muito queridas que também estão se refugiando me recebem. É como se todos dividissem com todos tudo o que têm. 
Uma casa pintada de vermelho, lá é o meu esconderijo, lá é a Terra do Nunca.