sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz ano novo

De todos os 365 dias do ano, muitos dentro de uma rotina, sem nada novo, reservaram um dia para sair do padrão, um dia para ficar feliz não importa como. Um dia para ficar feliz por nada, quer dizer, por ficar feliz por mais um dia. 
Um dia para virar a noite e se embebedar, um dia para ficar feliz mesmo que seja sozinho, um dia de felicidade por estar mais um dia vivendo, mais um dia feliz. 
E se todos os dias ficássemos felizes por ser mais um dia? Não há espaço para felicidade diária em nossas vidas, por isso apenas desse último dia, final de ciclo, final e início de muitas coisas, podemos ficar feliz, muito feliz, agradecendo por mais um dia. 
E nesse último dia, muitos fazem desejos e eu desejo, respeito, tolerância, o mundo melhor que todos querem, mas não fazem porque nesse mundo é importante uma felicidade por mais um dia, que não fazemos.
Não estou falando de nunca ficar triste e sempre estar feliz, estou falando de tentar ser feliz com coisas que já estamos acostumados. Estamos sempre acostumados com esse mundo repleto de coisas que já consideramos insignificantes, mas vamos tentar ficar feliz com elas, do mesmo jeito que ficamos felizes com apenas mais um dia. 
Feliz ano novo.  

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A diferença rotina igual

Era uma rotina, sempre as mesmas coisas, a monotonia ia a cobrindo como uma doença. Não sabiam se era medo de mudar ou falta do que mudar ou medo de ser julgada com a mudança, mas todos comentavam.
Fazia besteira ás vezes para tentar mudar, mas não conseguia, o máximo era uma semana de adrenalina.
Tentava mudar amizades, mudava sempre para fugir da rotina. E ia mudando, mas não chegava á lugar nenhum, continuava sendo a mesma pessoa de tédio nos olhos, sorriso falso e preocupações demais na cabeça.
Tentava fazer arte para ser diferente, mas todas as suas obras eram iguais, umas iguais a outras e igual a dos outros com o mesmo discurso clichê de rotina.
Tudo para ela era igual, ela era tão igual que não conseguia ver diferença em nada.
Ela tentava mudar tanto e continuava a ser igual que um dia se perdeu em sua confusão e não sabia mais quem era, na verdade ela nunca soube.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

E isso ainda existe

Estou realmente impressionada. Pensava que já estivéssemos em um mundo onde todos são iguais o máximo de desconsideração são xingamentos ou olhares tortos o que já é um absurdo, mas hoje eu vi um twitter e fiquei impressionada como alguém pode pensar assim.
http://twitter.com/KarineMelS2 Esta pessoa xinga gays, nordestinos e negros no twitter. Já saiu com os amigos para bater em negros, segundo ela, eles quebraram seus dentes e ela cuspiu nele, também acha que a mulher deve ser sustentada pelo homem e todos os negros são bandidos, e esse racismo, como ela conta já vem de casa, como ela fala o pai lhe ensina isso. Agora, racismo não é crime?
Fiquei realmente assustada de existirem pessoas assim no mundo. É desumano isso, somos todos iguais, pensava que isso não existisse, mas eu vi esse twitter de horror, estão sem palavras para descrever tudo que eu li.
Sinto vontade de chorar com pessoas assim, que sentem nojo de um igual, que odeiam alguém por ela ser educada para se sentir superior, mas isso é crime e pessoas assim deveriam ser presa.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Confusão equilibrada

A incerteza, a insegurança, a ansiedade.
Será que vai dar tudo certo? E se não der certo?
Muita coisa ao mesmo tempo, muito sentimento ao mesmo tempo.
Uma energia me consome, não sei se é boa ou ruim, mas ela está presente como se nunca estivesse antes. Ela me agita e essa agitação me acalma.
Vivo em dois mundo no mesmo espaço. Um é quase o oposto do outro, mas eles que deixam bem. Me sinto tão equilibrada, mas o equilíbrio me traz insegurança, como se eu estivesse numa corda bamba, até agora não cai, mas posso cair a qualquer momento.
Não posso me distrair, só posso me concentrar no que importa. Mas o que importa agora? No que eu preciso me concentrar? O que eu acho importante? Um mundo diz uma coisa e o outro diz outro. O que eles acham importante?
Praia, lugar de equilíbrio e paz e ao mesmo tempo um mundo de expostos. O mar frio, a areia quente. O barulho das pessoas, o silêncio interno. O molhado, o seco. Dá para viver nos dois, mas quando vou para casa, um dos extremos, me sinto cansada de ser tão intensa e equilibrada.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tudo volta

E tudo volta, com a mesma força, com a mesma dor.
Por que? Parece um ciclo para sempre.
Não consigo entender como podem esconder isso. Não consigo entender nada, por que eu sou obrigada a passar por isso?
A mesma forma, tenho medo do futuro. Tenho medo da repercussão que isso pode fazer na minha vida. Todos os meus medos voltaram.
Minhas lágrimas valem muito mais do que todas as palavras que poderiam ser escritas.
Só resta a tristeza, a dor, o medo, a insegurança.

Natal observador

Nunca comemorou natal. Nunca ganhou presente por Jesus.
O dia 24 e 25 eram sempre os mesmos que se seguiam arrastados. Lia um livro, entrava no computador, via a sua novela e depois filmes de natal. Nos intervalos ia até a janela e ficava olhando os vizinhos, a família reunida, todo mundo parecia tão feliz, comendo peru. Á meia noite chegava um Papai Noel na casa vizinha, ela prestava atenção e ficava tão feliz como se estivesse lá com eles. Ele dava presentes que estavam perto da árvore de plástico que piscava.
Como ela queria estar e continuava a olhar. Na janela em baixo vivia uma família infeliz, passava o natal vendo TV, alguns ficavam na sala conversando, mas ninguém queria estar alí, todos preferiam comer, ganhar presentes e ir embora, mas todos estavam alí, infelizes, insatisfeitos, a maioria com seus celulares ou jogando ou postando que odeia natal.
Ela sentia pena, mas nunca sentiu pena de si mesma sozinha, porque ela já ficava feliz observando a família do andar de cima com o pai fantasiado de Papai Noel, pelo menos eles pareciam felizes e aquele era o melhor filme de natal que ela poderia ver.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cultura descriminada

Tô cansada de gente que não conhece e já vai julgar. Tô cansada de gente que diz que odeia pagode, mas não conhece mais que duas músicas ou odeia funk. Essas pessoas em geral não conhecem a cultura, e as músicas para falarem que não gostam.
"Funk é coisa de favelado." Já ouvi essa frase mil vezes, mas o hip hop surgiu da população pobre dos EUA e não teve muita aceitação, surgiu em locais de lutas, onde lutadores treinavam. O funk também vem de lugares que tem muita guerra, violência e luta. Não ouve porque dizem que é coisa de pobre, mas o hip hop surgiu de pessoas pobres. " O funk tem letras indecentes." Alguns tem, mas não são todos. E em várias músicas, em outras línguas é muito parecido e as pessoas aceitam.
"Pagode é ruim." Não entendo porque muita gente não gosta de pagode, é um estilo musical como qualquer outro e o pior é que as pessoas não gostam e não tem argumentos para não gostar, elas simplesmente não conhecem e seguem um senso comum, sem ao menos procurar sobre a música.
E sobre a Claudia Leite no rock in rio, muita gente ficou reclamando com o argumento de que não é rock, mas a Rihana, Katy Perry, foram pra lá, atrasaram o show e me respondam: Elas cantam rock?
A questão é, as pessoas valorizam muito pouco a cultura brasileira, só pensam em músicas americanas, mas muitos nem conhecem as músicas e saem falando mal, então, ouçam e valorizem a cultura de vocês e pesquisem sobre a cultura de vocês antes de reclamar de tudo que envolve Brasil.

"Hoje eu fui para á Wall Street do Brasil, fui á São paulo e era igual a todas do mundo, prédios gigantes, de lá nada era brasileiro." Patch Adams

Dois funks bons: http://www.youtube.com/watch?v=ZLCKxP802yM    e         http://www.youtube.com/watch?v=yxpdgge6oAE