sábado, 29 de dezembro de 2012

Palavras perdidas

Resolvi criar uma pasta com todas as minhas cartas. Peguei todas as minhas notas mentais, todos os meus papeis amassados, envelopes caídos por de trás da mesa, revirei todas as minhas gavetas e cadernos. Lá estavam todas as minhas cartas reunidas dentro de uma pasta.
Muitas cartas, tantas que a pasta mal fechava, estavam ali, todos os sentimentos que nunca tiveram coragem de serem mandados, todos que se perdiam misteriosamente dentre outros papeis, ás vezes caía atrás da escrivaninha onde não seria mais possível de achar, outras vezes se perdiam na própria cabeça usando de desculpa o "a inspiração fugiu" e fica tudo que você pensou na cabeça e no papel sobram as palavras "Saudades, te amo."
E dentro daquela pasta estava tudo, estavam todos os diálogos que sempre quiseram existir, mas que por motivos humanos nunca foram colocados em prática. Aquele "Saudades, vamos nos ver" ; ou aquele "Sei que muita coisa mudou" ; ou aquele " Eu te amo" ou "te admiro"; ou aquele "EU TE ODEIO MAIS QUE TUDO"; ou "Você é louca, mas eu te amo." ou aquele "Devolva o meu livro o mais rápido possível e se puder devolva junto minha camisa e meu sapato." ou o simples e amedrontado, molhado de lágrimas "O que houve?" ou "Sou tão errada assim?" ou uma simples nota com a matéria da prova de história, ou lembrando de colocar a mochila no sapateiro que nunca coloquei.
Tantas cartas, todas estavam ali, cartas para amigos, inimigos, parentes, amigas, admirações, para o mundo, para a natureza, para mim mesma, aquela nota mental, o texto que fugiu, o imbox que nunca mandei, recados que se perdem em qualquer lugar, entre a mente ou HD de computador, na escrivaninha, na mesa, no caderno escondido que me ofendo se chamam de diário, no quarto dos outros, na casa dos outros, nas ruas, em qualquer lugar, todas as minhas palavras tímidas estavam dentro daquela pasta.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Carta para a viajante

Um dia. Tem um dia, mas sinto saudades já pelos próximos sete meses. Com a distância esquecemos os defeitos e só lembramos das coisas maravilhosas. É, dá saudade as suas qualidades. Não foram momentos perfeitos, talvez por isso eles tenham sido tão bons, só de estar junto foi muito bom.
Não temos fotos em festas, fotos bonitas. Viemos de mundos diferentes e vivemos em mundos diferentes, mas juntas vivemos o nosso mundo, o mundo com problemas parecidos, com pensamentos parecidos, tá, alguns bem diferentes, mas tudo nos fez ir parar nesse lugar bege.
Esse lugar é estranho, mas é o nosso mundo e um lugar que eu gostaria que você não fosse embora porque então não teríamos mais mundos para compartilhar.
Por que ficamos amigas? Somos tão diferentes, temos missões diferentes, desejos diferentes, o que temos em comum além do signo? Sinceramente, não sei, mas sei que todo esse tempo vai fazer falta, vai deixar saudades, não vai ter você.
Estou muito acostumada a me despedir e talvez por isso seja tão fria em aeroportos, mas com certeza vou sentir saudades de você falando sobre garotos, sobre status, festas, roupas, dietas, dança, séries, coisas que na maioria parece não me fazer tanta diferença. A diferença é você falando essas coisas e isso vai fazer falta, porque toda a graça dessa amizade deve ter sido as diferenças que nos tornavam iguais.
Saudades antecipadas e que em Agosto do ano que vem nossa amizade continue só que com uma amiga que já conheça bastantes tubarões brancos.
Beijos
Rebequinha.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Era do Narciso

Antes eu queria ser, eu queria fazer. E agora me vem uma vontade, uma vontade louca, uma vontade reprimida, um desejo, não desses que dá e passa como tomar sorvete, mas um desejo de ter. Sim, eu agora quero ter.
Antes o que te representavam eram suas palavras suas ações, sua moral, se dava ao número de pessoas e pessoas que falassem de vocês, agora quantas pessoas curtem a sua foto de perfil é mais importante. Quantas pessoas curtem suas fotos, comentam suas coisas, agora o que nós temos e mostramos que temos é o que nos forma. Se temos celulares, se temos pensamentos e falamos, se temos ideias e mostramos, se temos fotos curtidas, textos compartilhados, é isso que importa.
Agora tudo nós temos, e temos que ter, porque ter é ser. Isso não necessariamente é ruim, é só uma revolução, não é a era digital, a época contemporânea que renomados sociólogos a batizaram. Agora é tudo rápido, agora a aparência é o que importa, na verdade acho que sempre foi assim, mas antes era mais difícil de esconder defeitos, agora o que importa é a moral social que os computadores nos mostram, agora ter e mostrar que tem é o mais importante, mais importante do que fazer acontecer.
É esse o nosso contexto e a partir deles que nós seremos alguém. Quando tivermos algo, seremos o dono desse algo.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Discurso de um desumano

Boa noite, desculpe eu estar incomodando a noite de vocês, só vou contar a minha história. Sou de São Paulo, vim para o Rio com um trabalho e sentei nesse ônibus, mas quando cheguei falaram que a vaga não me pertencia mais. Não tinha onde ir, o que comer, nem um emprego.
Na rua ninguém pára pra me ouvir, por isso tenho que ficar enchendo o saco de gente no ônibus, porque é o único lugar que me ouvem. Meu sonho um dia é que eu pare de precisar ficar enchendo o saco das pessoas pra poder comer, pra poder ter um mínimo de dinheiro honesto.
Não tenho casa, não tomo banho, só tenho essa roupa, quando consigo comer é uma vitória, quando consigo dormir em um quartinho com só um banheiro é um luxo. Fico procurando um lugar para ficar nessa cidade tão bonita.
É Rio de Janeiro, cidade linda, bela cidade. Cidade onde as pessoas tem orgulho de viver, cidade de gente bonita e simpática, mas nessa cidade tão linda faz 40º C. Vocês sabem o que é ficar de baixo do sol, sem ter para onde ir?
Essa cidade tão linda com pessoas tão simpáticas que nunca param para me ouvir, que se eu peço dinheiro ignoram, se eu peço uma ajuda podem ás vezes ajudar, mas que quando chamo não olham na minha cara, fingem que eu não existo, pensam que eu não sou gente. E por isso tenho que subir em ônibus para incomodar, para tentar sobreviver mais um dia, porque todo dia vivo para mim é uma vitória e um dia Deus vai me ajudar.
Só peço uma ajuda, obrigado pelo que me derem e obrigado apenas por ouvir, quem sabe essa noite eu tomo um banho, quem sabe essa noite eu como mais do que um salgado.
Há muito tempo não como uma refeição, não sei o que é o gosto de um arroz, de um feijão, de uma batata corada, só me lembro vagamente do gosto de um bife frito que é a minha comida preferida. Eu um dia sonho em reencontrar esses sabores, de um dia dormir seguro por alguns dias, de ter mais de uma roupa, de poder tomar banho todos os dias.
Por isso peço a ajuda dos senhores, com o que puderem e quiserem, muito obrigado, de pouquinho em pouquinho eu ganho um pouco e espero um dia ter segurança e paz outra vez, espero um dia ser visto como um ser humano de novo.

domingo, 2 de dezembro de 2012

E agora?

E agora? O que vai ser dese grupo chamado bonim? O que vai ser essa união de pessoas desconhecidas? E nós? Vamos ficar no passado distante?
Não, por favor, pelo meno isso não. Não sei o que é pior a dor ou o medo. A dor com certeza, porque machuca, ih, mas tem o medo, que nós faz querer se esconder.
Como vão ser pessoas consideradas iguais que não sabem por que exatamente estão juntas, cada um em seu espaço em sua toca.
Cada um tem um ritmo, nós teremos que tocar uma música nova. Pode até acontecer, mas como? É tão angustiante não saber de seu futuro, não sabem quem agora é a sua família. Antes podia não ser assim, ams eu sabia quem estava a minha volta.
É, agora só falta esperar com o medo, com a angústia e a ansiedade para ter uma breve enformação sobre o nosso presente. E agora? O que sou? __________ Quem nós somos?_______. Nos juntaram sem nos deixar preencher fomulário, sem nos deixar saber  quem somos. E agora? O que somos?  

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

o que te sobras é a repressão

Não negocio. É isso que você tem a dizer? São essas as suas palavras autoritárias Ah muito obrigada, e pensar que um dia você já quis mudar o mundo. E pensar que um dia você teve uma ideologia. Você é o líder da geração coca-cola.
A geração pós-ditadura que segundo vocês, socialistas festivos, não tinha ideologia. Mas a geração da ditadura é a própria geração coca-cola que deixou de acreditar em vocês mesmos. Que agora está bem de vida e só uns ou outros se preocupam com os pobres, com o preço da passagem de ônibus, com o mundo além da economia.
Do que adiana você ter lutado contra a ditadura e ser autoritário. Repense, você já foi jovem. Por que deixou de ser? O que fez você esquecer de seu berço e apoiar a direita? Você está no passado. A esquerda já mudou.
Por que reclamas se não lutas? O que te sobras é a repressão.
O que sobrou da amargura de tempos difíceis é transmitido para esse. Se tem gente que diz que recebemos tudo de mão beijada é um erro, porque vocês que deviam nos passar conhecimento e sim nos dar tudo de mão beijada,  nos repreende, para que? Pra aprendermos o que é ter raiva, o que é discordar, o que é lutar?
Agora minha luta é contra a coca-cola.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

look

Este tecido preto que cobre minhas vergonhas. Este roxo os meus desapontamentos. Este olho, as tristezas.
O olho é engraçado, tão belo e tão malvado, conforme tudo ele muda. Me escondo através de olhos e roupas.
Meu corpo diz quem eu sou? Os outros dizem quem eu sou ou sou eu que digo quem eu sou?
Esta palha protege minhas bases, o plástico roxo me direciona. Esta roupa elástica que me  envergonho em meu casco dançarino.

Fingimento

A secura da garganta vai dominando a fala, vai contaminando, o seco amarga o texto, o vermelho cobre o papel. O mel que finge adoçar com a pontada que uma abelha pode dar.
Os disfarces da vida, o fingimento que finge ser bom, o texto que finge ser poesia, a dança contemporânea que finge ter mensagem, os protestos que fingem ter causa, os sentimentos que fingem ter lógica, os sonhos que fingem ter motivos.
O instinto do homem, o fingir, os ataques, os primatas, neandertais, tanto faz. Fingimos que classificamos para o bem, fingimos que ajudamos os outros, fingimos que nos importamos enquanto apenas somos peças de um mesmo jogo, cada um com o seu jeito de ganhar, mas todos tem a sua missão, podemos fingir ou não. Fingir que não fingimos ou apenas fingir para fugir.

A menina que não sabia sorrir

- Eu não sei mais sorrir. - Falou a menina.
- Como? - A amiga não entendeu.
- Eu não sei mais sorrir, não sai, eu não consigo. Não estou triste, só não sei sorrir. É tanta coisa ruim...
- Se acalme, ainda existem coisas boas.
- Eu sei, e eu estou feliz. Quando vejo algo bom me alivio, mas não fico feliz. Quando sonho, me sinto feliz, estou quase sorrindo e acordo. Quero sorrir, mas não consigo, ele sai feio e forçado. - A menina começou a chorar.
- Se acalme. E quando vocÊ vê algo bom?
- Quando sinto a brisa do vento, quando vejo o sol e a natureza, quando vejo alguém legal, quando a alegria se instala em mim, um sorriso falso, dolorido e amarelo não é suficiente para mostrar o que sinto. Quando eu quero sorrir eu escrevo.
Quando a menina terminou de falar seus olhos estavam brilhando e mais um conto estava pronto.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Tempo de mudança

Novos rostos, novo grupo. Solelim de novo. É...
Talvez conhecer o novo seja pior do que se separar do atual. Ainda não caiu a ficha. Olá, novos amigos, olá novas pessoas. O mais estranho é ver a ansiedade dos outros com o desconhecido. Eu já conheço e até fujo  .
Um novo lugar. De 84 para 89, já passei por isso, vou passar de novo, não sei explicar. Talvez me separar do meu grupo não seja o pior, mas ser incluída a força num lugar que não é meu. Esse não é o meu grupo. Esse degrau que existe entre nós é do tamanho de um muro, não quero ir para o outro lado, demorei tanto tempo para subir e agora parece que foi tudo em vão.
Por que fingimos que nada ia acontecer? Esses rostos são tão estranhos para mim, é como estar de penetra numa festa e ainda chegar no meio. Não sei o que falar, mas fico muito desapontada e triste.

Desculpe pelo texto tão específico que poucos irão entender e nada poético, mas para quem para de escrever, usar a folha como um amigo para desabafar é o primeiro passo para volta.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A mulher que se casou com a música

Toda noite deitava em sua cama, ligava o seu ipod e tentava dormir, mas na verdade ficava esperando. Ficava esperando a música vir se encontrar com ela, ficava na sua cama com a música, no escuro. Até que abria seus braços, relaxava todo o sue corpo e a música vinha, se instalava em seu corpo, começava a dançar.
A dança consumia todas as suas energias, vinha a felicidade, imaginava céus azuis, via a música em seus sonhos, amava a música. Amava tanto a música que se casou com ela e todas as noites, até hoje, dormem juntas, como marido e mulher.
Todas as noites dançam antes de dormir, se amam, brincam e se ouvem, em harmonia eterna.

domingo, 26 de agosto de 2012

Quero

Quero manchar estas páginas
com a tinta de minhas palavras.

Quero falar nesta tela
com as palavras das tintas.

Quero cantar
com meus protestos.

Quero protestar
com meu canto.

Quero me expressar
em silêncio.

Quero viver
com encanto
que desse jeito me encontro.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Teatro


Terra dos loucos
Dos insanos
dos sem pudor.

Casa dos gritos
Das lágrimas
da emoção.

Terra da vida
Terra da morte
Terra dos que foram queimados na inquisição.

Dos contra lei
Dos fara de si
Dos encarnados.

Donos de um corpo que não os pertence.
Donos das emoções dos outros.
Ladrões da vida dos outros.

Teatro
Um horror
Com amor.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A esperança

Todo dia saía de sua pseudo casa, era um quarto alugado, na esperança de que sua vida melhorasse, realmente achava que fosse melhorar, já estava trabalhando e sentia que no ano seguinte passaria para o big brother. 
Sempre via na televisão alguém falando o quão o seu voto era importante, que ele que iria mudar a sua realidade, que não se deve jogá-lo fora, deve-se votar consciente. Coisa que nunca fizera, mas naquele ano estava determinado, queria que a sua vida melhorasse, ele teria uma vida melhor. Não passaria mais fome, não se esconderia porque não juntara dinheiro para pagar o aluguel, as coisas iam melhorar, ele podia prever.
Um dia saindo de sua casa viu um homem panfletando, lá havia a foto de um político e seu número. Pegou o panfleto e começou a ler, ele falava que daria saúde para a população, cesta básica para o seu bairro, que trouxera a copa do mundo para o Brasil, foi com a cara do sujeito. Como agora era um cidadão consciente, resolveu debater com o panfletador:
- Fala ae, amigo. Tu acha mermo que esse cara vai fazer coisas boa? Vale a pena eu votar nele?
- Pô, cara, vale sim, vota nele que é gente boa e fez várias coisas, UPP, copa do mundo.
Viu propagandas eleitorais, tentou ver a opinião dos outros, mas o que mais gostou foi o cara do panfleto que já tinha feito um bando de coisas e ia fazer mais.
Pelo primeiro ano não escolheu seu voto na hora, na sorte, votou consciente e sabia que assim a sua vida ia mudar.
Ficou quatro anos esperando a mudança, sua vida melhorou um pouco com o seu novo emprego, mas seu bairro continuava violento e sem hospital de qualidade, crianças sendo traficantes. Se sentia traído, mas não havia muito o que fazer, ainda tinha chances de ir para o big brother.
Saindo de casa pegou um panfleto era o traidor com um cara ao seu lado falando que iria transformar a sua cidade em uma cidade melhor.

domingo, 5 de agosto de 2012

Palavras

Vomito palavras, choro palavras, leio palavras, escrevo palavras, como palavras, bebo palavras, vivo palavras.
Palavras silenciosas, mudas, barulhentas, gritadas, abafadas, guardadas, censuradas, brigadas, caladas. Palavras, palavras. São elas que eu vivo. Podem ser palavras minhas, palavras de outros, palavras inexistentes, palavras, tudo.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Bateu vontade

E no meio do nada bateu vontade de conhecer o mundo. Bateu vontade de ser independente. Bateu vontade de sair por aí sem rumo. Bateu vontade de colocar todos os biquinis na mala e ir para várias praias e voltar negra. Bateu vontade de ir para outro país, conhecer gente nova, uma cultura nova, línguas novas. Bateu vontade de conhecer fora dos livros, bateu vontade de sentir o chão, bateu vontade de tirar fotos de lugares que nunca mais vou voltar, bateu vontade de comer um prato que vou ficar com o gosto na memória.
Bateu vontade de imaginar no futuro e lembrar no passado que ainda é futuro. Bateu vontade de ser adulta. Bateu vontade de sair por aí com pessoas novas. Bateu vontade de ser criança, de sair sem saber que sai, de brincar sem saber que brinca. Bateu vontade de ser bebê que tenta descobrir tudo que vê pela frente como algo novo. Bateu vontade de olhar tudo como se fosse novo, bateu vontade de olhar tudo de novo, bateu vontade de ser novo.
Sei lá, bateu vontade de me descobrir.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Tagarelarei com a cracatua no Papibaquígrafo.

Só quero tagarelar. Usar minha garganta. Usar esse meu erre puxado carioca, vibrar a língua no raa. Conversar, contar qualquer coisa, nada importante. Tagarelar apenas, soltar a língua, sem contar uma história, quero ver som saindo de minha boca, quem sabe falo em uma língua desconhecida.
Sair falando, papo furado, conversa fora, papas na língua, encheção de linguiça, como quiser. Sem me preocupar com imagem ou qualquer coisa. Falar com ninguém, encher linguiça e não falar de nada importante.
Por que aliás, o que é importante? Falar de nada pode ser extremamente importante porque de lá pode sair uma conclusão, uma amizade com o outro ou com consigo mesmo.
Do que importa? Posso dar mil razões para essa vontade inexplicável de falar só para ter do que falar.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Obrigada : D

Obrigada. Obrigada por esse calor á distancia, obrigada por esse carinho na mente, obrigada, pelas palavras.
Como a data de meu nascimento já diz, gosto de carinho, de gestos, de coisas pequenas, gosto de parabéns, de desejos para a vida, de votos, de desejos.
Sentir essas palavras, sentir tudo isso. Sentir o sol disfarçado pela cortina, a brisa leve, estou flutuando. Meus olhos estão calmos, meus lábios relaxados, as unhas inteiras. Estou feliz.
Obrigada por esse dia em que me cumprimentaram diferentemente "feliz aniversário." Meu aniversário está feliz, por essa frase, obrigada.
: D : D :D : D : D : D : D : D : D : D : D : D : D : D

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sol

Estrela brilhosa
Estrela escandecente
Estrela gigantesca
Venha iluminar nosso dia.

Não se acanha
Nos acompanhe
Venha conosco
Ilumine nosso rosto.

Venha com felicidade
Ilumine a cidade
Sorria para o dia
Como se fosse poesia.

Mas que beleza
Dê força para a natureza
Venha sol
Estrela brilhosa.




sábado, 23 de junho de 2012

Bom Dia

Nasce o sol
Nasce o dia
Que alegria!

Nasce a felicidade
Nasce a cidade
Nasce a esperança.

Quando acorda dança
Quando acorda canta
Todos vão se levantando

Vão se espreguiçando
Aquela moça sorria e dizia:
- Bom dia!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O que fazer?

Vem aquele medo  são palavras incertas, mas são palavras. 
Vem aquele nervoso, será a coisa certa? 
O que é válido? Devo arriscar ou não? Ele vem vindo, o medo, o nervoso, a ansiedade, a loucura. O que fazer? 
Vem a tremedeira, as unhas se vão, o que fazer? 
Eu tenho que falar. Não, não vou dizer isso. Vamos refazer, vamos falar de novo. Te amo.
Assim tá melhor? Espero que sim. Estou um pouco mais calma? Acho que sim, retirar o excesso de palavras de um corpo é muito bom. E acho que essas são as minhas palavras. 
Por que você tá me pressionando tanto? Pare de me encarar, palavras. 
Não quero vocês dentro mim, volta o nervoso, volta o medo. O que fazer? 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Esperando ser gente para mudar

Por que educam para o futuro? As pessoas podem mudar o mundo antes de serem adultos. Esperam a criança se formar, ou seja, ser alguém para que ela mude algo. Por que elas ainda não tem 18 anos? Nós não somos a mente do futuro, somos a mente do presente, somos gente como idosos e ambos podemos mudar e pensar deferente e querer mudar.
Não espero virar gente para pensar.
"Sei que não sou gente grande, mas eu já sou gente."
Gabriel O Pensador

Rio - 20

Vamos esconder nossos defeitos e a consequência de nossos atos, a população está mal, mas agora vamos melhorar, os gringos estão aí. Vamos esconder os mendigos que não tem acesso nem a 30% da comida que jogamos fora.
Vamos esconder a nossa péssima educação e vamos deixar a cidade segura para os que não são da cidade possam ter segurança.
Enquanto falam de sustentabilidade as aulas de mentes inteligentes estão paradas. Não respeitam ciclovias, muitos locais não tem água encanada. Como vamos falar de cuidar do mundo e plantar árvores se não conseguimos cuidar de nós mesmo?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Título

Tem vezes que escrevo algo e na hora vem um título, introdutório, reflexivo, engraçado.
Mas tem vezes que dá problema, não vem ideia de título, tá lá o texto, tudo lindo, mas e o título, cadê? Vem ideias e depois a pergunta, o pior, a pergunta: Para que serve um título? Imagino procurando fichas com os títulos dos textos, então aqueles bonitinhos são inúteis. 
Quase que no impulso tenho vontade de colocar "..." ou " Coisas" "Não sei o que colocar" ou coisas clichês de pessoas sem criatividade, ou seja, falta de criatividade da falta de criatividade. Uma ideia seria colocar "Título" só ninguém entenderia nada e teria que parar para explicar, ih, aí daria mais problema ainda. 
Nossa, formular um código é complicado, por isso muita gente demora para decidir o nome dos filhos, dar um título que vai levá-lo para toda vida e introduzi-lo para sempre, imagina se colocássemos "Nome". Ele ficaria famoso, mas não, prefiro um código aceito e "normal", algo com significado. Pena que não é o nome que define a personalidade. 

Mar de suas palavras

Aquelas palavras vieram como uma avalanche. Não sabia o que falar ou como agir. Aquilo foi melhor que carinho, que um gesto de amizade de alguém que admiro, melhor que trakinas de morango, que tangerina, cheiro de chuva  que sentir tinta no corpo, que se sentir livre, que ouvir música, que roubar biscoito, que aprontar, fazer trilha, conversar com planta, cobertor em dias frios, chás em dia de chuva, piada, rir até sentir doer a barriga, comer quando se tem fome, dormir quando se tem sono, tagarelar e ser ouvida, ir a praia quando tá quente, andar de bicicleta até bem longe (até a Urca é bem longe),  foi uma declaração, uma que esperei por muito tempo e depois desisti.
Sabia que algo estava diferente, mas não sabia que a esse nível.
Aquelas palavras me aconchegaram. Um mar veio em mim, mas que água gostosa, como um mergulho, bem gostoso, mas quando acaba a onda, vem o medo de levar um caldo no meio de tanta alegria. Não levei o caldo na mesma hora, mas será que no meio do nada vai vir um onda gigantesca e vem caixote, caldo, como quiser. Algo que faz a sua respiração parar e te sufoca.
Mas aquelas cinco palavras, ah sim, como foram gostosas de se ouvir, mesmo na hora eu ter ficado quieta gostei, quando sinto algo muito forte me calo, porque vem a sensação antes da expressão. Isso já tá encheção de linguiça, para o que eu quero dizer.
Estou muito feliz, pareceu uma conquista para mim, obrigada pelas suas palavras, apesar de todo o meu medo ouvi o que esperava e queria, também te amo.
PS: Esse não é um texto para o dia dos namorados.

domingo, 10 de junho de 2012

Obrigada

Quando leio um livro quero saber a história de algo, uma cama, um sofá, uma bolsa, um bicho, uma pessoa.
É bom saber a história de alguém sem interrupções. desfalques, segredos. Quero conhecer essa coisa profundamente, para que seja meu companheiro por alguns dias
Talvez seja egoísta de minha parte, extrair tudo de um livro e depois largar, ele que me faz companhia durante tanto tempo, mas bem, ele foi feito para isso, para viver, extrair, compartilhar e dividir.
Será que um dia alguém vai querer saber a minha história? Ou das minhas histórias, de meus objetos, pessoas e animais?
Obrigada, autores, pelos convites para outros mundos, outras realidades, outras vidas, novos amigos e novos inimigos. Obrigada pela doação de seus pensamentos e sua confiança. Obrigada, autores, por escrever.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cigarro

Saindo um pouco do estilo da maioria dos meus textos vou fazer uma coisa diferente. Reclamar. Quer dizer, em primeira pessoa, falando mais belamente, dar a minha opinião, e o tema que tanto me incomoda é cigarro.

Realmente não entendo. Por que existem tentas campanhas contra o cigarro? Para quebrar a indústria e aumentar a indústria de remédios para parar de fumar? As pessoas param de fumar tomando remédios, se o problema é que é uma droga por que as pessoas continuam se drogando para parar de se drogar? Vivemos em uma sociedade drogada. Quantos remédios você toma? Quanto de café você toma? Quando de álcool você ingere?
Tabaco não é uma droga. Sim, isso mesmo tabaco não é uma droga. Tudo bem não fumar em lugar cobertos porque incomoda os outros, é verdade, mas não mais que isso. Nos EUA, que levamos como modelo, existem parques em que não se pode fumar. Acho que isso já passou do limite, não é mais uma atitude saudável. As pessoas deveriam fumar tabaco, sem mais nada e então não haveria nenhum problema.
Coca cola é permitido e muitos são viciados, bombas são permitidas. Acho um absurdo na sociedade que vivemos culpar apenas o cigarro enquanto vivemos ingerindo drogas todos os dias e a saúde nem sempre é uma preferência, mas uma desculpa, só que isso já uma outra discussão.

http://www.youtube.com/watch?v=dpUp-iVSNXA
Essa música é sobre a liberação da machonha, mas na música eu penso que os pontos são os mesmos, como vivemos num mundo de drogas e culpamos os que nem são tão do mal.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Paz

Vamos pegar nossas armas para termos  proteção. Vamos nos prender por causa dos que não são presos.
Vamos assustar para não levar sustos. Os protetores nos assustam. Com suas máquinas de morte vai se formando a segurança. Como seria lindo um dia acordar sabendo a nossa morte só depende de nós. Imagine acordar sabendo que não existem bombas, não existe ódio, competitividade. Somos todos filhos da terra então porque precisamos matá-la junto conosco? Por que precisamos nos matar?

Vamos! Peguem suas armas. A guerra já existe, já está aí, vivemos algo pior que a Guerra Fria, é uma guerra disfarçada. Enquanto muitos pedem a paz e usam colares com o símbolo ainda há competitividade, enquanto fazemos acordos de paz, mais bombas fabricamos. Reclamamos da exploração e exploramos os que não tem tanto dinheiro. O que queremos afinal?

Eu realmente desejo a paz. Não apenas a paz da violência. A paz interior, uma energia de paz. PAZ, essa é a palavra que tanto sonho. A palavra que tanto usamos, mas nunca achamos um significado. Ás vezes me sinto em paz, mas não tenho paz. Apenas isso. Que o ser humanos seja humano, seja bom e não uma máquina mortífera que se acha superior a qualquer coisa. Se conseguimos nos achar superior a nós mesmos como não vamos achar superior aos animais, á natureza, que têm a qualidade de não pensar, apenas viver em paz.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

A surpresa

Entrou em uma pet shop. Lá era o paraíso dos animais de estimação. Cada coisa tão bonitinha. E cada coisa tão ridícula, um tule de bailarina para cachorros, nunca faria isso com sua cadela.
Continuou olhando as mercadorias. Uma gaiola de passarinhos, mas que bonitinhos, pensou em seus periquitos, Tico e Teco.
Depois do passeio foi para casa. Entrou correndo, foi direto falar com suas aves. Mas a gaiola não estava lá, nem os pássaros. Imaginou o pior, será que foram roubados? Será que agora estariam em segurança? Desesperada lugou para sua mãe:
- Mãe.
- O que houve filha?- Se preocupou ao ouvir o choro da filha ao outro lado da linha.
- Cadê o Tico e o Teco? Eles sumiram!
Ouviu a risada da mãe. A filha se assustou:
- Mãe, é sério!
- Alguma hora você ia reparar, eu sabia e ainda ganhei a aposta.
- Que aposta? Do que você está falando?
- O Tico fugiu, o Teco morreu, isso já tem dois anos. Como você nunca cuidou deles eu e seu pai decidimos não te contar e ver quando você ia notar, ele apostou cinco anos.
A filha desligou o telefone agora chorando por causa de seus pais. Chorou por duas horas e depois foi ver se sua cadela ainda estava lá.
Pela primeira vez na vida gostou de ver o xixi do animalzinho no chão.

domingo, 22 de abril de 2012

Parem, corpos

Pare! Pare de bombardear tão rápido. Pare de espalhar tanto sangue. Pare d acelerar tudo! Agora as pernas balançam, unhas vão á boca, lá se vão cutículas e unhas cortadas de maneira primitiva. Eles não aguentam mais fazer barreira nesta cachoeira. Os olhos viraram pedras submersas.
Parem! Parem de tentar fazer tudo rápido. Parem de se auto destruir. A lamina chega nas árvores cortando suas folhas e galhos de maneira avançada. As barreiras não estão aguentando segurar. A natureza foi mais forte. O homem virou as pedras submersas.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A menina que perdeu a vida

Tinha muito para pensar. Tinha muito para falar. Tinha muito para protestar. Tinha muito para escrever. Tinha revolta, mas as palavras não vieram, ficou tudo em sentimento sem ter o que definir. Ficou no silêncio, isso não a incomodava, estava bem em seu mundo confortável. Não tinha mais a voz, ela queria falar, mas sumiu.
Primeiro não se conformou, queria falar, tentava, tentava, mas nada de sua cabeça vinha, nada de seus pensamentos saía, nada de útil, nada que foi feito dentro dela, só coisas que colocaram nela.
Depois começou a aprender a viver a vida sem voz, a vida sem expressão, nem se incomodava tanto quando antes, estava tranquilo, mas ainda pensava, ainda existia, ainda era humana. Não tinha voz, mas tinha ações e com pequenas coisas foi colocando o que pensava em prática.
Um dia não conseguia mais falar nem agir, se debatia, gritava alto para provar que existia, que pensava, que ainda estava ali. Mas ninguém entendia, falavam:
- Seja civilizada, fale como um ser humano.
Até conseguia, mas não era o que queria, queria ser humana, queria falar o que pensava, queria mudar o que não estava dando certo.
Com o tempo se conformou, entrou exatamente no estilo de vida que queriam. Se conformou totalmente. Voltou a falar, aquilo que a mandaram e ensinaram que era o certo de se falar. Voltou a agir, agir no seu trabalho, na sua vida como todos os outros. E estava lá, já adulta, pensar já não importava. Poderia até pensar, mas o que pensava era algo humano, civilizado.
Vendo o jornal se queixou de que as ruas estavam muito violentas, e sendo uma pessoa civilizada, estava reclamando da violência das ruas enquanto apoiava o seu país que estava em guerra. E apoiou, e pensou e concordou.
Esse é o jeito civilizado de ser.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Janela

Sempre gostou de janelas. Cada vez mais gostava, foi ficando mais velha foi começando a sentar no mármore. Cada vez se sentia mais livre. Sempre pensava em sair. Andar pela rua cheia de árvores, seguir o sol que não para de brilhar. Não queria ligar para nada, queria se refugiar, no fundo gostava de ficar sozinha, no seu mundo das energias positivas. 
Gostava de fugir de vez em quando, sentir o sol da janela batendo em seu rosto. Dançava com o maracatú que tocava ao fundo. Sempre amou a janela. A janela que a prendia lhe dava a sensação de liberdade.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Perfeccionista opressão maquinária

E vão sugando nossos sentimentos. Não podemos mais sentir nada porque isso causa discórdia. Mas se somos humanos há discórdia, porque somos diferentes.
Querem que sejamos uma máquina. A tão perfeita máquina que faz seu trabalho, que não sente, que causa destruição, que é industrializada e vendida. E querem que o ser humano seja assim, uma máquina. A explorada máquina, a aproveitada, a vendida, a sem voz máquina, a oprimida máquina. Afinal, o que nos difere de uma máquina? Nós sentimos.
E elas são melhores que os humanos. E viva a máquina! E viva a opressão! A máquina que foi criada por outra e por outra que um dia foi criado pelo homem, a partir de um sentimento.
Por isso as máquinas são tão melhores que os humanos. Elas fazem o que lhes mandam sem reclamar ou sentir.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Complicado

Andava com suas dúvidas, suas angustias, suas questões. Ficava tensa, tentava se acalmar e meditar, mas conforme ia meditando mais angustiada ia ficando, tentava não pensar em duas dúvidas, suas angustias, suas questões e mais tensa ficava.
Parava de meditar, com mais raiva por ter mais angustias. Acendia um incenso, isso a lembrava alguém, entrava no facebook, isto a lembrava de muitos, ainda ão se sentia bem.
Queria sair, andar ao ar livre para não precisar pensar. Não queria saber de suas dúvidas, suas angustias, suas questões. Mas estava presa, presa em seus problemas.
Angustiada, seus problemas saíram pela boca e agora estão no esgoto. Ela está feliz, mas daqui a pouco suas questões voltam, mas não necessariamente com esta resolução.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Quem sou eu afinal?

Quem sou eu afinal?
Alguém perdido nesse ?
Alguém tentando se encontrar?
Alguém tentando se encaixar?

Uma influencia?
Um influenciado?
Alguém chato?
Alguém legal?

E nos esteriótipos foi tentando se encontrar,
Vivendo em seu mundo bipolar.

A rosa

Uma rosa vermelha com tanta doçura.
Com tanto carinho.
Nunca pensavam que precisariam de cura.

Um olhar sem brilho.
Um agradecimento educado.
Um sorriso para a parede.

A doadora deixou sorrisos na rua
Por causa de uma frase.
A flor seria o auge.

As lágrimas se misturavam ao céu.
O sangue dos dedos por causa dos espinhos
Se misturavam com as pétalas que um dia foram doces.

domingo, 4 de março de 2012

Criança Artista

Quando era criança falaram para seus pais que ela não sabia diferenciar suas fantasias da realidade. Ninguém a compreendia.
Só ela sabia como eram bons os seus sonhos, sua realidade fantasiada. Com o seu olhar conseguiam ver em que mundo estava, com seu sorriso constante viam o quão era bom, mas nenhum deles estava lá.
Depois essa menina cresceu, entrou na realidade do mundo dos adultos, feito por eles para eles. Então nunca mais viram em seu dia a dia seus olhos brilhando e seu sorriso. Só conseguiam ver um esboço em seus textos ou no palco.
"Prefiro viver em um mundo de fantasias do que viver em um mundo que não acredita em sonhos."
Hayley Williams

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Insenço

Noite bonita. Energia positiva. Músicas boas. Felicidade.
Tenho vontade de sair andando por essa linda noite carioca. Sair dançando sem coreografia. A música vai me guiando. Sinto a briza da praia.
Estou dançando feliz por aí. Em um momento chegou em um pátio só de felicidade, ao lado uma quadra.
Um lugar com pessoas de roupas diferentes. Saias de maracatu. Vejo pessoas felizes. Pessoas dançando coco, valorizando a música brasileira.
Sinto cheiro de milho, sinto cheiro de sorriso. Sinto cheiro de alegria. Olha as estrelas sorrindo! Sinto cheiro de infância, sinto cheiro de berço, sinto cheiro de paraíso.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Necessidade de superioridade

Do que adianta a sua revolta?
Do que adianta a sua rebeldia?

Seus protestos enraivecidos, sedentos de justiça
Esfomeados de liberdade.

No meio de um protesto pôs seu grande corpo contra um pequeno.
E com superioridade o encarou e oprimiu.

Do que adianta p seu silêncio?
Do que adianta o seu medo?

Seus protestos calados, sedentos por carinho
Esfomeados de liberdade.

Em um dia a revolta se mostrou com o símbolo hippie.
A opressora era a líder.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mares da indiferença

Lá era como um mar calmo onde a harmonia reinava. Estavam cansados de tamanha calmaria, então resolveram agitar o mar. Antes, para mim só existia aquele mar, os outros, são apenas os outros. Quando o mar se agitou tentei fugir para outros mares. Quando cheguei fui feliz, mas então chegou a indiferença recíproca ao meu passado. Fui voltar para o antigo mar, mas não fui bem recebida. Fugi para outro oceano. O novo oceano era tão bom, mas sentia saudade do mar harmônico, do meu berço. Resolvi voltar. Deixei a indiferença sair de mim. E foi a harmonia de sempre, mas lá não era meu lugar. Eu já havia crescido. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Aglomeração feliz

Estava andando em meu cotidiano apressado na Rua do Catete e vi uma aglomeração.
Agora você deve estar pensando que na Rua do Catete sempre há alguma aglomeração. mas daquela vez era diferente.
ão era uma aglomeração por causa de uma loja vendendo camisas por quatro reais, ou porque estão fazendo obras e a calçada ficou estreita, ou porque ambulantes bagunçam a rua.
Aquela aglomeração era diferente, era uma aglomeração feliz. Pessoas fugindo de sus cotidianos para o teatro de rua!
Três palhaços divertindo o público alegre. Um teatro lindo, feliz e divertido, de graça, que nunca vira antes. Aquela aglomeração era teatro de rua!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

...

Como se um pote de esperança tivesse quebrado. Dentro do pote morava a minha felicidade. Já comecei a colher seus cacos e correr atrás de seu conteúdo, é difícil sabe?
Vamos ver se é tão ruim assim. Vamos tentar ver um lado positivo. Já perdi dois sonhos, vou tentar realizar os outros, mas eu sei que vocês os guardaram para mim.
Sei que é um pouco egoísta, mas não o quero só para mim, quero ale com todos vocês que agora não estamos mais juntos, mas tentarei para sempre sermos unidos, vamos tentar, meus sonhos estão reservados para vocês.
Meu maior erro é sofrer por antecedência.


" - bem, como vai você? levo assim, calado
de lado do que sonhei um dia
como se a alegria recolhesse a mão
pra não me alcançar
poderia até pensar que foi tudo sonho
ponho meu sapato novo e vou passear
sozinho, como der, eu vou até a beira
besteira qualquer nem choro mais
só levo a saudade morena
e é tudo que vale a pena "

domingo, 29 de janeiro de 2012

Boneca real

A menina um dia foi á um desfile, lá viu mulheres lindas, com roupas de marca, dando mais beleza á roupa.
Chegou em casa e brincou com sua barbie, a bonica perfeita, pois boneca é aquela que é bonita. Mas além da beleza o que aquela boneca tinha de bonito? Roupas, namorados, shopping, amigas, clubs.
Sua mãe viajou para o Peru e sabendo que sua filha adorava brincar com bonecas, comprou várias. As bonecas eram as princesas.
Quando falou do presente a menina ficou muito empolgada, mas na hora de abrir, viu uma mulher que não tinha nada de especial:
- Ué, mamãe, você não disse que era uma princesa?- Protestou a menina.
- E ela é. Não é linda?
- Não! O que ela tem de especial?
- Ela é uma boa pessoa, ela não tem um castelo e príncipes, ela tem uma coisa que a beleza não supera, amor pelo seu povo. Ela gosta de governar para fazer o bem.
A filha adorou a história e passou sempre a brincar com sua linda boneca Peruana.
A menina virou uma mulher e todos a achavam linda, mas ela não era loira, de olhos azuis, corpo perfeito, ela não era perfeita. Ela era humana, como sua linda boneca Peruana.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Tampe os ouvidos para não ouvir, feche os olhos para não ver

Com qualquer barulho na rua todos os moradores corriam até a janela descobrir a causa de tal som.
Mas quando uma criança chorava, todos ouviam a violência e ninguém vai ver de onde vem o som, mas todos ficavam em casa se incomodando com o barulho, sem fazer nada.
Um dia um casal de moradores da tal rua, estava vendo um telejornal e mostrou uma pessoa que foi violentada e um deles comentou:
- Impressionante esta violência, e ninguém faz nada para mudar, se eu estivesse lá, tentaria salvar a vítima.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Cotidiana sorridente

Ás vezes me acho estranho, vejo beleza em coisas que não veem. 
A cama arrumada para dormir, ama folha vazia, canetas lápis, quando minha mãe volta da feira nos mesmos dias da semana e faz a minha comida preferida, o chão, janelas, as folhas de um livro, o cheiro das coisas, quando volto de um lugar longe e reconheço o caminho de casa, quando vejo um ônibus bem cuidado ou quando subo em árvores e lembro de minha infância.
Como se o meu mundo fosse uma junção de coisas simples e cotidianas, mas me confortam um sorriso. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

"Tomei coragem comecei a falar."

Infelizmente o primeiro post do ano vai ser sobre uma música que com certeza alguém já ficou com ela na cabeça.
Não tinha a menor intenção de comentar sobre a música, mas depois de tanto rebuliço por sua causa, resolvi que também vou falar.
Bom, o que eu tenho para falar? É uma música que fez um sucesso absurdo e que fica na cabeça e o mundo inteiro a conhece. Primeiro achava isso era triste, o mundo deveria conhecer outras músicas brasileiras, além de músicas com letras bobas, (como a maioria que faz sucesso) mas as pessoas aqui ouvem e, por que esconder que ouvimos música ruim? E que elas que fazem mais sucesso? É  a mesma coisa que falar que o mundo só deve conhecer as praias e o futebol, mas não deve conhecer a pobreza do Sertão.
Acho um absurdo gente falando que isso não é música, e não acho que essa música não deve ser descriminada, do mesmo jeito que me revolto com quem acha que funk não é música, mas música popular é o que eu povo escuta , e qual é o problema com músicas populares.
Acho legal que alguma música brasileira faça sucesso lá fora. E também muitos reclamam, mas muitas músicas parecidas com essa só que em inglês fazem muito sucesso aqui e ninguém reclama.
Parabéns, Michel Teló, vocês esse mérito, parabéns pelo o grande o sucesso.
Mas na próxima, por favor, faça uma música que não tenho esse poder mágico de ficar na cabeça.

Posts sobre o assunto: http://vejario.abril.com.br/blog/thalita-reboucas/   http://g1.globo.com/platb/instanteposterior/2012/01/04/carta-aberta-a-michel-telo/