segunda-feira, 11 de junho de 2012

Mar de suas palavras

Aquelas palavras vieram como uma avalanche. Não sabia o que falar ou como agir. Aquilo foi melhor que carinho, que um gesto de amizade de alguém que admiro, melhor que trakinas de morango, que tangerina, cheiro de chuva  que sentir tinta no corpo, que se sentir livre, que ouvir música, que roubar biscoito, que aprontar, fazer trilha, conversar com planta, cobertor em dias frios, chás em dia de chuva, piada, rir até sentir doer a barriga, comer quando se tem fome, dormir quando se tem sono, tagarelar e ser ouvida, ir a praia quando tá quente, andar de bicicleta até bem longe (até a Urca é bem longe),  foi uma declaração, uma que esperei por muito tempo e depois desisti.
Sabia que algo estava diferente, mas não sabia que a esse nível.
Aquelas palavras me aconchegaram. Um mar veio em mim, mas que água gostosa, como um mergulho, bem gostoso, mas quando acaba a onda, vem o medo de levar um caldo no meio de tanta alegria. Não levei o caldo na mesma hora, mas será que no meio do nada vai vir um onda gigantesca e vem caixote, caldo, como quiser. Algo que faz a sua respiração parar e te sufoca.
Mas aquelas cinco palavras, ah sim, como foram gostosas de se ouvir, mesmo na hora eu ter ficado quieta gostei, quando sinto algo muito forte me calo, porque vem a sensação antes da expressão. Isso já tá encheção de linguiça, para o que eu quero dizer.
Estou muito feliz, pareceu uma conquista para mim, obrigada pelas suas palavras, apesar de todo o meu medo ouvi o que esperava e queria, também te amo.
PS: Esse não é um texto para o dia dos namorados.

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