quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Alma revolucionária

Era uma vez uma menina, ela sonhava bem alto, chegava a ir no céu. Ela era tudo, bailarina, princesa, heroína, matava dragões, pulava de um sofá para o outro, penteava suas bonecas, era estilista, cabeleireira, professora, jogadora de futebol.
Quando tinha mais ou menos dez anos reparou que o mundo não a deixava ser assim, que ela não poderia ser tudo, ou o que ela quisesse, então queria mudar o mundo, fazer revoluções e ser tudo, mudar todo o mundo, todo mundo, e todos seriam felizes.
Ela que sempre se sentiu revolucionária, mas não podia fazer nada quando era criança e quando mais velha reparou que ela já poderia mudar o mundo, mas não se lembrava de suas revoltas, dos seus espantos, agora ela era só mais uma no mundo, só mais uma na sociedade, agora os outros que queria que ela mudasse.
E assim seguiu sua vida com vontade de mudar, mas sem saber o que nem como. Ela simplesmente havia se esquecido de como era bom ser bailarina, matar dragões e viver o seu mundo, ela havia se esquecido de como era ser criança e agora era apenas uma pessoa com diploma que ás vezes se lembra que já foi criança quando escreve um conto de fadas.

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